A situação econômica apertada tem levado as famílias a recorrerem ao crédito como forma de equilibrar as contas. No entanto, os juros altos praticados no país têm contribuído para a manutenção e até mesmo o aumento das dívidas, tornando a situação financeira das famílias cada vez mais desafiadora.
Dentre as camadas da sociedade, a classe média que recebe de 5 a 8 salários mínimos se encontra em uma situação especialmente preocupante. Apesar de boa parte desse grupo não ter votado em Lula, o presidente tem expressado sua indignação com a política de juros adotada pelo Banco Central, o que ressoa com a insatisfação dessas famílias.
Já a classe média baixa, que aufere de 2 a 5 salários mínimos, possui um perfil diferente. Mesmo se apoiando nos serviços públicos de educação e saúde, essa parcela da população não recebe benefícios como o Bolsa Família e depende da sua própria capacidade de se manter financeiramente estável. Ainda assim, essa camada da população permanece temerosa de perder o que conquistou e busca garantias de segurança financeira em meio aos altos índices de juros e inflação.
Por fim, a instabilidade econômica e a incerteza quanto ao futuro têm gerado um ambiente de apreensão generalizada entre as famílias brasileiras, fazendo com que questões como o endividamento e a alta dos juros se tornem temas de preocupação central para grande parte da população.
