Conselho de Medicina pede à Anvisa que suspenda produtos com PMMA após morte de influenciadora por complicações.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) emitiu uma notificação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (5) solicitando a suspensão da comercialização, venda e distribuição de produtos que contenham polimetilmetacrilato, mais conhecido como PMMA. Essa decisão veio após a trágica morte da influenciadora Aline Ferreira, que faleceu na última terça-feira (2) devido a complicações após a aplicação de PMMA nos glúteos.

De acordo com o comunicado do Cremesp, os produtos à base de PMMA são classificados como classe IV, de máximo risco, e a substância é considerada altamente perigosa. O conselho deu um prazo de 48 horas para a Anvisa atender à solicitação, ameaçando recorrer ao Poder Judiciário caso não haja uma resposta positiva.

Além disso, o comunicado destacou que tanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) quanto a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) não recomendam o uso de PMMA. O preenchimento com essa substância é utilizado em procedimentos estéticos e correções, embora seja considerado dificilmente removível pelo organismo, mesmo com cirurgia.

A Anvisa, no entanto, autoriza o uso de polimetilmetacrilato para fins estéticos e reparadores, como preenchimento cutâneo e muscular. No caso da influenciadora, a clínica responsável pelo procedimento foi interditada pela Vigilância Sanitária local, e foi revelado que a profissional que realizou a aplicação se apresentava como biomédica, mas não possuía registro profissional.

Essa notificação do Cremesp levanta questões sobre a regulamentação e segurança dos procedimentos estéticos que envolvem substâncias como o PMMA, ressaltando a importância da fiscalização e controle por parte dos órgãos competentes para proteger a saúde e a vida dos pacientes.

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