Eleições na França: incertezas e manobras políticas marcam cenário antes do segundo turno das legislativas. Votos em disputa entre extremos.

Neste domingo, as eleições legislativas na França estão repletas de incertezas e reviravoltas. Em algumas regiões, como Calvados, a ex-primeira-ministra Elisabeth Borne vê uma chance de vencer o partido de extrema direita RN com a retirada de um candidato da LFI. No entanto, não há garantias de que os votos serão transferidos automaticamente para Borne, que enfrentou críticas da LFI no passado devido à reforma previdenciária adotada por Macron por meio do “49-3”.

Por outro lado, em Seine-Maritime, um candidato do partido de direita Horizontes se retirou em favor da candidata da esquerda radical, Alma Dufour. Apesar do pedido do presidente do partido para que as pessoas não votem na extrema direita ou na esquerda radical, alguns eleitores parecem comprometidos em barrar a ascensão da extrema direita no país.

A participação dos eleitores também é uma incógnita, apesar da votação histórica de quase 70% no primeiro turno. As pesquisas indicam que cerca de 68% dos eleitores devem comparecer às urnas no segundo turno.

As projeções de assentos na Assembleia Nacional variam, levando em consideração as retiradas de candidaturas entre os dois turnos. No entanto, essas projeções são baseadas em transferências hipotéticas de votos e, por isso, podem não refletir com precisão a realidade. A recente jurisprudência eleitoral francesa também pede cautela, lembrando o caso das eleições legislativas de 2022, em que as pesquisas previam menos de 50 assentos para a extrema direita, mas o RN conquistou 89 assentos, surpreendendo a população.

Diante de tantas incertezas, os eleitores franceses aguardam ansiosos para ver como será o desfecho dessas eleições legislativas e qual será o novo cenário político que se desenhará no país.

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