Nesta sexta-feira (5), a iniciativa da Mapbiomas, que reúne organizações não governamentais, universidades e empresas de tecnologia, lançou uma plataforma para monitorar a degradação das áreas florestais. Os dados, mapas e códigos produzidos estão disponíveis gratuitamente para consulta.
As áreas degradadas são aquelas que não foram totalmente desmatadas, mas que sofrem mudanças significativas na composição biológica. Entre os fatores considerados pelo Mapbiomas estão o tamanho e isolamento dos fragmentos florestais, a frequência de queimadas, invasão por espécies exóticas e o pisoteio por rebanhos.
Um dado alarmante é que o mês de junho deste ano registrou a maior média de área queimada no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul desde 2012. Em apenas 30 dias, mais de 411 mil hectares foram consumidos pelo fogo, ultrapassando a média histórica de queima no Pantanal, que é de pouco mais de 8 mil hectares.
A Polícia Federal está investigando a origem dos incêndios em algumas situações, sendo que, segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, 85% dos incêndios ocorrem em terras privadas.
Além disso, o levantamento da Mapbiomas revelou que um quarto da vegetação nativa do Brasil pode estar sujeita à degradação, afetando entre 11% e 25% das matas do país. A Mata Atlântica é o bioma mais degradado proporcionalmente, seguido pelo Cerrado e pela Amazônia.
Diante desse cenário preocupante, medidas urgentes de prevenção e combate aos incêndios e ações de preservação ambiental se tornam essenciais para garantir a sustentabilidade e a proteção dos biomas brasileiros.