Com capacidade máxima para 630 pessoas, o Recomeço adotou critérios familiares para receber os primeiros moradores, levando em consideração a presença de grupos como idosos, gestantes, pessoas com deficiência e pessoas com transtorno do espectro autista. A estrutura conta com 126 casas modulares, em uma área de 30 mil metros quadrados, próximo à estação do Trensurb.
As casas, de 17m² cada, são equipadas com cama de casal, beliches, cama de solteiro e berços, de acordo com as necessidades de cada família. A gestão do espaço ficará a cargo da Agência da ONU para as Migrações, com a alimentação sendo fornecida por uma empresa contratada pela agência e servida em um refeitório coletivo que pode acomodar até 450 pessoas.
Essa iniciativa faz parte do Plano Rio Grande de ações estaduais para minimizar os danos causados pelas chuvas e enchentes. As casas modulares foram doadas pelo Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e montadas por especialistas com apoio do Exército. A área conta com 28 contêineres com banheiros, lavanderia, consultórios médicos e segurança provida pela Brigada Militar do RS e Secretaria de Segurança Pública de Canoas.
Durante a inauguração, o governador Eduardo Leite ressaltou que o cenário ainda não é ideal, mas que o centro humanitário representa mais um passo para reduzir o número de desabrigados no estado, que atualmente chega a 6.000. Além da cidade provisória em Canoas, estão previstos mais quatro centros de acolhimento em Porto Alegre, que devem receber um total de 3.700 pessoas.