O Brasil ficou na 44ª posição, atrás de outras nações latino-americanas como Colômbia, Peru e Uruguai, somando apenas 23 pontos de um total de 60 na escala de avaliação, o que nos colocou abaixo da média da OCDE. A principal fragilidade identificada na criatividade dos estudantes brasileiros foi na área de resolução de problemas científicos. Além disso, chamou atenção a disparidade na pontuação entre estudantes de baixa renda, que obtiveram 19 pontos, e aqueles mais abastados, que alcançaram 30 pontos.
Apesar de os resultados serem derivados de uma metodologia pouco criativa e desestimulante para os jovens, eles ressaltam a importância de processos educativos que promovam a autoria dos estudantes, incentivando-os a pensar de forma crítica e reflexiva, e não apenas reproduzir conteúdos alheios. A criatividade, reconhecida como uma competência crítica na educação, exige a capacidade de gerar ideias originais, encontrar soluções inovadoras e aplicar conhecimentos de forma reflexiva em diferentes contextos.
Nesse contexto, figuras importantes como o psicólogo educacional Benjamin S. Bloom e o educador Paulo Freire destacam a criatividade como fundamental para o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes. A expressão criativa, que possibilita aos estudantes tomarem para si o direito à palavra e expressarem suas descobertas nos seus próprios termos, é essencial para uma educação eficaz.
Apesar dos desafios impostos pelas redes sociais, que podem atuar como um estímulo ou um obstáculo à criatividade dos jovens, é fundamental que a educação contemporânea promova a formação de um sujeito crítico e propositivo, capaz de idealizar soluções e implementá-las em seu contexto. A criatividade, assim como qualquer habilidade, deve ser desenvolvida ao longo da trajetória educacional do sujeito, em um ambiente estimulante e que o encoraje a propor, planejar, implementar e avaliar soluções.