De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a proporção de famílias com contas a vencer se manteve em 78,8% em junho, o mesmo resultado de maio. Isso interrompeu uma sequência de três meses de crescimento, mas foi superior ao índice de 78,5% registrado em junho do ano anterior.
A CNC destacou que as famílias estão mais cautelosas em relação ao crédito, o que pode explicar a estabilidade no endividamento. Além disso, houve uma melhora no perfil do endividamento, com menos pessoas se considerando “muito endividadas” e uma parcela maior se sentindo “pouco endividada”.
O estudo da CNC considera diversas modalidades de dívidas, como cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, entre outros. A proporção de consumidores com contas em atraso aumentou ligeiramente de maio para junho, mas ainda está abaixo do patamar observado em junho do ano anterior.
Um ponto de destaque foi o impacto do desastre climático no Rio Grande do Sul, que aumentou a demanda por crédito na região e influenciou os índices de endividamento e inadimplência no país.
Por fim, a CNC prevê que o endividamento das famílias continue aumentando nos próximos meses, chegando a 80,0% em dezembro de 2024. Já a inadimplência também deve apresentar crescimento, chegando a 29,8% até o final do ano.
É importante ressaltar que as famílias de renda mais baixa foram as que mais se endividaram em junho, enquanto o financiamento imobiliário ganhou destaque como o tipo de dívida com maior crescimento, devido aos juros mais acessíveis. Assim, o cenário econômico nacional continua a demandar atenção e cuidados por parte dos consumidores.