No entanto, a realidade era oposta. Minha vida offline estava boa, com dias de céu azul, risadas das crianças e música na cozinha. A escolha de reduzir minha presença online foi motivada pela necessidade de estar presente fisicamente para desfrutar dos momentos ao meu redor, sem a constante pressão de performance e validação das redes sociais.
Após meses afastada, eu decidi voltar ocasionalmente, postando fotos esporádicas. Surpreendentemente, recebi uma mensagem preocupada, dizendo que aparentava tristeza. Isso me levou a refletir sobre a percepção que as pessoas têm a partir das postagens nas redes sociais. Uma dessas fotos, na qual eu estava deitada na grama, desencadeou a preocupação de alguém, mesmo retratando um momento de tranquilidade e felicidade.
Essa situação me fez questionar se a felicidade retratada nas redes sociais é real, ou se é apenas uma representação idealizada e inatingível. Enquanto muitas postagens exibem momentos felizes e excitantes, também é comum encontrar relatos de tristeza e vulnerabilidade. A exposição desses sentimentos é importante, porém, muitas vezes, as redes sociais criam uma caricatura da vida real.
Nesse sentido, é essencial lembrar que a felicidade nem sempre se traduz em fotos perfeitas ou eventos glamorosos. Muitas vezes, a verdadeira felicidade está nos momentos simples e silenciosos do dia a dia, longe dos holofotes das redes sociais. Ao navegar por fotos alheias, percebi a diferença entre a representação digital da felicidade e a realidade da vida cotidiana.
Portanto, é fundamental valorizar a autenticidade e a diversidade de sentimentos que compõem a experiência humana, sem se deixar influenciar pela pressão do mundo virtual. A felicidade pode ser encontrada nos pequenos detalhes da vida, longe dos likes e compartilhamentos das redes sociais. É importante se reconectar com a realidade offline, onde a verdadeira felicidade muitas vezes se manifesta de forma sutil e discreta.