Em um cenário onde o Rio Grande do Sul teve sua dívida suspensa com a União por 36 meses e uma quantia significativa de juros perdoada, a suspensão temporária do pagamento abriu a possibilidade de liberar cerca de R$ 11 bilhões para o fundo de reconstrução do estado. No entanto, Leite teme que esses recursos fiquem restritos a ações pontuais, o que comprometeria a recuperação efetiva das áreas atingidas.
Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o governador destacou a importância de repor as perdas de arrecadação de impostos pelos governos estaduais e municipais, enfatizando a necessidade de mais recursos federais. Ele alertou para a possibilidade de falta de receita para pagamento de despesas básicas do estado, mesmo com recursos disponíveis para a reconstrução.
A participação de prefeitos na marcha pela reconstrução dos municípios do RS evidenciou as demandas urgentes das localidades afetadas. Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), apelou à bancada parlamentar gaúcha por medidas que garantam recursos para as prefeituras. Marcelo Arruda, presidente da Famurs, reforçou a necessidade de união dos parlamentares em defesa dos interesses das cidades gaúchas.
Diante da urgência na reconstrução do estado e na recuperação das áreas atingidas pelas tragédias climáticas, a atuação conjunta do governo federal, estadual e do parlamento se mostra essencial. A superação dos desafios e a garantia de auxílio à população afetada exigem a união de esforços e a busca por soluções que atendam às necessidades mais imediatas.