A Usina Termelétrica São Paulo, com potência de 1.743,8 MW e movida a gás natural, é um projeto anunciado pela empresa Natural Energia em 2022. A justificativa para a construção da usina é a necessidade de fontes de energia firmes para complementar a matriz renovável brasileira.
Este é o maior projeto do tipo em licenciamento ou construção no Brasil, ficando apenas atrás de uma usina no Porto do Açu, no litoral norte do Rio de Janeiro. A previsão é que a Usina São Paulo inicie suas operações em 2028, mas depende ainda de leilões do governo para a compra de energia.
A obra enfrentou oposição judicial, levando à suspensão do cronograma de audiências públicas. Os opositores questionam os possíveis impactos na qualidade do ar e no abastecimento de água em uma região que já sofre com escassez hídrica.
Juliano Bueno de Araújo, diretor do Instituto Arayara, afirmou em nota que a termelétrica representa um risco para os recursos hídricos da capital paulistana, devido ao uso excessivo de água. Por outro lado, a Natural Energia assegura que a tecnologia empregada reduz a demanda de captação de água e que a usina operará em média apenas 30 dias por ano.
A empresa lamentou os atos antidemocráticos que impediram a apresentação do projeto e dos estudos ambientais na audiência pública, reforçando a importância do diálogo democrático. O Ibama informou que está analisando uma nova data para a continuidade do encontro e não garante a realização da segunda audiência prevista em São José dos Campos.
As audiências públicas são peças importantes no processo de licenciamento ambiental, mas não garantem a concessão da licença. A discussão em torno da usina termelétrica em Caçapava continua polarizando opiniões e mobilizando diferentes grupos da sociedade.