Com a inclusão da Bolívia, o Mercosul contará com seis membros efetivos, apesar da suspensão da Venezuela. A expectativa é de que a entrada da Bolívia seja o principal tema da reunião entre presidentes do bloco. Após ingressar plenamente, a Bolívia terá quatro anos para cumprir todas as exigências comerciais e democráticas estabelecidas pelo Mercosul.
O governo brasileiro expressou solidariedade ao presidente boliviano Luis Arce, condenando qualquer tentativa de golpe, como ocorrido recentemente no país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja visitar a Bolívia após a cúpula do Mercosul, para reforçar o apoio ao governo do país vizinho e discutir questões de fronteira, migração e segurança, especialmente no combate ao narcotráfico.
Durante a reunião, serão assinados acordos para ampliar o fomento à produção cinematográfica, além de colaborar na prevenção e combate a desastres naturais. Um novo comitê será criado para identificar quais obstáculos dificultam o comércio entre os países membros do bloco.
No entanto, a ausência do presidente argentino Javier Milei na cúpula foi uma surpresa, sendo a primeira vez que um chefe de Estado opta por não participar do encontro. Apesar disso, o Itamaraty destacou que a substância da reunião não será afetada, devido à maturidade do Mercosul. Milei planeja comparecer a uma conferência política em Santa Catarina, onde provavelmente se encontrará com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ataques recentes de Milei a Lula pelas redes sociais não foram comentados pelos representantes do Itamaraty.