De acordo com as autoridades, Salamanca teria ordenado o envio de 19 franco-atiradores para auxiliar na tentativa de golpe, que resultou na detenção de outras 21 pessoas, incluindo militares da ativa, da reserva e civis. O governo boliviano classificou a ação como uma grave violação da ordem constitucional e garantiu que os responsáveis serão devidamente punidos.
A prisão do comandante da unidade F-10 gerou grande repercussão no país, levantando questões sobre a lealdade e a conduta das Forças Armadas. O episódio também reforçou a necessidade de garantir a estabilidade política e a democracia no país, que passou por um período conturbado nos últimos anos.
A Bolívia tem sido palco de conflitos políticos e sociais desde a renúncia do ex-presidente Evo Morales em 2019, que culminou em um vácuo de poder e disputas internas pelo controle do país. A prisão do Major Salamanca mostra que os resquícios desses tumultos ainda persistem e que é fundamental manter a vigilância e a transparência no sistema militar.
Diante desse cenário, as autoridades bolivianas estão empenhadas em investigar e punir todos os envolvidos em tentativas de desestabilização do governo. A prisão do chefe de uma unidade de elite das Forças Armadas é um passo importante nesse sentido, demonstrando o compromisso do país com a democracia e o Estado de Direito.