Motoristas de ônibus de São Paulo entram em greve a partir de quarta-feira, demandas incluem reajuste salarial e jornada de trabalho reduzida.

Os motoristas de ônibus de São Paulo estão prestes a entrar em greve, paralisando as atividades a partir da meia-noite da próxima quarta-feira, 3 de julho. A decisão foi tomada na última sexta-feira, 28, pelo SindMotoristas, entidade que representa a categoria, composta por motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de manutenção e fiscalização.

Após duas reuniões nesta terça-feira, 2, entre os trabalhadores e representantes das empresas, o impasse continuou. A categoria patronal, representada pelo SPUrbanuss, apresentou uma nova proposta de reajuste salarial de 3,60%, porém ainda não houve acordo. O SindMotoristas, em campanha salarial há mais de um mês, deve realizar uma audiência para discutir a manutenção da greve.

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) concedeu uma liminar determinando que, em caso de paralisação, 100% dos ônibus estejam em operação nos horários de pico e 50% nos demais períodos. Além disso, o tribunal determinou que o sindicato não crie obstáculos ao acesso dos trabalhadores e passageiros, nem impeça o trânsito dos ônibus nas vias públicas e terminais de passageiros.

As negociações entre as partes se arrastam há meses. Em junho, os trabalhadores do setor rodoviário chegaram a aprovar uma greve, mas recuaram após um acordo com o SPUrbanuss. No entanto, diante da falta de avanços nas demandas dos funcionários, o SindMotoristas decidiu retomar a mobilização pela greve.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão a redução da jornada de trabalho, reajuste salarial, benefícios como cesta básica, participação nos lucros e resultados, além de melhorias em vale-refeição, seguro de vida e convênios médico e odontológico. A categoria busca o atendimento de suas demandas e espera chegar a um consenso com as empresas para evitar a paralisação que prejudicaria milhões de passageiros na capital paulista.

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