De acordo com informações da PF, um narcotraficante internacional e indivíduos físicos e jurídicos associados a ele estavam envolvidos em uma rede complexa que cometia uma variedade de crimes, principalmente para esconder e dissimular o patrimônio proveniente do tráfico de drogas. Havia suspeitas de que o narcotraficante enviava cocaína para países da América do Sul e Central, destacando-se remessas para cartéis mexicanos.
A operação, segundo apuração da imprensa, era direcionada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e tinha como principal alvo Ronald Roland. Os envolvidos criavam empresas de fachadas, sem funcionários, para adquirir imóveis e veículos de luxo em nome de terceiros, além de movimentar grandes quantias de dinheiro incompatíveis com seu capital social. Alguns sócios das empresas estavam anos sem vínculos empregatícios e até mesmo receberam auxílio emergencial.
A Polícia Federal constatou que algumas dessas empresas realizavam transações com organizações de criptomoedas e atividades não relacionadas ao ramo de negócios, sugerindo que os investimentos eram utilizados para mascarar a origem ilícita dos valores. Estima-se que a organização criminosa movimentou mais de R$ 5 bilhões em pouco mais de 5 anos.
Cerca de 280 policiais federais cumpriram 9 mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte. A operação foi considerada exitosa no combate ao tráfico de drogas internacional e à lavagem de dinheiro.