Um dos fatores que contribuíram para essa alta nos preços foi a desvalorização do real em relação ao dólar americano, a maior em dois anos, ocorrida em 21 de junho. Essa situação gerou pressões inflacionárias no setor industrial, com a inflação dos custos atingindo seu patamar mais alto desde meados de 2022. Como resultado, as empresas tiveram que aumentar consideravelmente os preços de venda para proteger suas margens, além de restringir despesas com a compra de insumos e a criação de empregos.
Apesar desse cenário desafiador, houve aspectos positivos destacados pela diretora associada de Economia da S&P, Pollyanna Lima. Ela ressaltou que, mesmo com a pressão inflacionária, a criação de emprego continuou crescendo a uma taxa considerável, o que é um bom indicativo para o mercado de trabalho. Além disso, a confiança nos negócios aumentou em junho, o que pode estimular investimentos e o crescimento econômico nos próximos meses.
É importante observar que, mesmo com a valorização das exportações impulsionada pela depreciação do câmbio, o aumento nos preços pode enfraquecer a competitividade internacional. A pesquisa PMI também apontou que os pedidos do exterior cresceram apenas marginalmente em junho. No entanto, o panorama geral do mercado de trabalho e a confiança nos negócios oferecem perspectivas positivas para a economia nos próximos meses.