Para os anos seguintes, as projeções também aumentaram, com a inflação prevista em 3,87% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027. Embora a estimativa para 2024 esteja acima da meta estabelecida, ainda está dentro da tolerância permitida, que é de 3% com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, o que dispensará a necessidade do Conselho Monetário Nacional (CMN) definir uma meta de inflação anualmente. Na última reunião do CMN, foi determinado que a meta contínua será de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Após um período de aperto monetário, com elevação da taxa básica de juros, a Selic, por 12 vezes consecutivas, o Banco Central interrompeu os cortes na última reunião do Copom em junho deste ano. A decisão foi motivada pela valorização do dólar e pelas incertezas econômicas, mantendo a taxa em 10,5% ao ano.
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) permanece em 2,09% para este ano, com expectativa de expansão de 1,98% em 2025. Em 2023, a economia brasileira teve um crescimento de 2,9%, superando as projeções. Quanto ao câmbio, a previsão é que o dólar encerre o ano em R$ 5,20 e em R$ 5,19 no final de 2025.
Dessa forma, as perspectivas para a economia brasileira apontam para um cenário de desafios e cautela, com a inflação em alta e a política monetária atuando para controlar a demanda e a estabilidade econômica.