Em 2015, os advogados da AGU já buscavam a aprovação das propostas de emenda à Constituição (PEC) 82/2007 e 443/2009 para alcançar tais objetivos. Além disso, pleitos secundários incluíam a criação de uma carreira de apoio administrativo e o reconhecimento do exercício da advocacia plena.
Uma das principais questões que desencadeou a mobilização em 2015 foi a postura do então advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que era considerada insensível às demandas dos advogados públicos federais. A crise institucional na AGU naquela época foi evidenciada por declarações do ministro Gilmar Mendes e notícias veiculadas em diversos veículos de comunicação.
Apesar dos esforços de mobilização, as reivindicações não foram plenamente atendidas, o que gerou um estado de mobilização permanente entre os advogados públicos federais. Somente com a conquista da percepção de honorários de sucumbência em 2016 é que houve uma pausa nas manifestações até 2023.
No entanto, em 2024, as insatisfações ressurgiram, impulsionadas pelo achatamento dos subsídios e a falta de simetria remuneratória com outras carreiras jurídicas. A mobilização atual busca a recomposição dos subsídios e a conquista da autonomia institucional para a AGU.
Recentemente, uma marcha de advogados públicos federais e uma série de atividades parlamentares foram realizadas para pressionar o governo a atender às demandas da categoria. A atuação do Advogado-Geral da União, Jorge Messias, tem sido questionada, e a falta de propostas concretas nas negociações evidencia a urgência de uma resposta às reivindicações dos advogados públicos federais.
Diante desse cenário desafiador, a mobilização dos membros da AGU se mostra como a principal estratégia para alcançar avanços remuneratórios e organizacionais na instituição. A luta pelos direitos dos advogados públicos federais é fundamental para garantir a dignidade e o reconhecimento das carreiras jurídicas da AGU, em consonância com os princípios democráticos e republicanos.