Inicialmente, treze policiais estavam previstos para serem julgados, mas o processo de um deles foi suspenso. Os demais respondem por homicídio qualificado e lesão corporal, ambos por dolo eventual. Na audiência, as testemunhas de defesa dos acusados começaram a ser ouvidas. Até o momento, cinco testemunhas foram ouvidas, incluindo os coronéis Fernando Alencar de Medeiros e Marcelino Fernandes da Silva, além do delegado Emiliano da Silva Chaves Neto.
As demais testemunhas deverão prestar depoimento em outra data, a ser agendada pelo Tribunal de Justiça. No ano passado, as testemunhas de acusação já haviam sido ouvidas em audiências realizadas em julho e dezembro. Após essa fase de instrução, os réus serão interrogados.
Os nove jovens vítimas do Massacre de Paraisópolis tinham entre 14 e 23 anos e seus nomes foram amplamente divulgados. Na época, a versão da Polícia Militar alegava que os policiais reagiram a um suposto ataque de criminosos que dispararam contra as viaturas e correram em direção ao pancadão. A corporação afirmou que as vítimas foram pisoteadas durante a confusão, uma justificativa fortemente contestada pelas famílias das vítimas.
O desfecho desse caso trágico ainda está longe de ser concluído, com as famílias das vítimas em busca de justiça e respostas. O desenrolar desse julgamento terá desdobramentos importantes e continuará a mobilizar a atenção da sociedade e dos meios de comunicação. O que se espera é que a justiça seja feita e os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelo ocorrido em Paraisópolis.