Esse resultado foi impulsionado tanto por fatores internos quanto externos. No cenário internacional, a queda das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano após declarações de um dirigente do Federal Reserve de um possível corte de juros em 2024 ajudou a acalmar os investidores. Esse cenário de juros menores nas economias avançadas diminui a fuga de recursos dos países emergentes, como o Brasil.
No âmbito doméstico, a divulgação de que a criação de empregos em maio foi de 131,8 mil vagas, mesmo com o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, também teve um impacto positivo. Esse dado reduz as chances de o Banco Central voltar a elevar os juros no segundo semestre, o que favorece a migração de investimentos da renda fixa para a bolsa de valores.
Além disso, uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre cortes de gastos e elogios ao diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, trouxe um clima mais positivo ao mercado. No entanto, a pressão de fim de semestre, como as remessas de lucros por multinacionais, que aumentam a demanda por dólares no Brasil, limitou a queda da moeda norte-americana.
Em resumo, o mercado financeiro se beneficiou de um cenário mais favorável tanto no âmbito internacional quanto nacional, trazendo um dia de trégua após a turbulência vivida ao longo da semana.