Em relação à questão do ministro Juscelino Filho, acusado de desvio de verbas públicas enquanto era deputado federal, o presidente afirmou que o afastará do cargo caso a Procuradoria-Geral da República (PGR) aceite as investigações da Polícia Federal. Lula ressaltou que a verdade só o ministro conhece e que, se for indiciado, ele será afastado.
Outro tema abordado foi o projeto de lei sobre o aborto em tramitação na Câmara dos Deputados. Lula fez críticas ao projeto, classificando-o como uma “carnificina contra as mulheres” e reafirmando sua posição contrária ao aborto. Ele também destacou a importância de encarar o tema como uma questão de saúde pública.
No que diz respeito à descriminalização do porte da maconha pelo STF, Lula se mostrou favorável à diferenciação entre usuários e traficantes, mas criticou a necessidade de a Suprema Corte deliberar sobre o assunto. Ele ressaltou que a avaliação sobre o porte de maconha deveria ser feita com base na ciência e não na legislação.
Além disso, o presidente comentou sobre os brasileiros foragidos na Argentina, suspeitos de envolvimento nos atos ocorridos em 8 de Janeiro. Lula afirmou que o diálogo com o governo argentino está sendo conduzido de forma diplomática e ressaltou a importância de o país vizinho colaborar na questão.
Em relação à inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula defendeu a presunção de inocência, mas destacou que há evidências de uma tentativa de golpe. Ele também abordou temas como os gastos públicos e a escolha do novo presidente do Banco Central, reiterando sua posição contrária à autonomia da instituição.
Dessa forma, a entrevista concedida por Lula abordou diversos temas relevantes no cenário político nacional, refletindo sua posição e opiniões sobre cada um deles. A postura do presidente diante dos questionamentos dos jornalistas demonstra sua disposição em debater questões importantes para o país e para a sociedade como um todo.