Além disso, a riqueza dos bilionários tem crescido de forma exponencial desde a década de 1980. Entre 1987 e 2024, a média da riqueza das famílias mais ricas do mundo aumentou cerca de 7% ao ano, sem levar em consideração a inflação, enquanto a riqueza média global cresceu a uma taxa de 3% ao ano. Isso levanta questões sobre a capacidade dos sistemas tributários atuais em distribuir de forma equitativa esses ganhos ou se eles acabam contribuindo para a concentração da riqueza nas mãos de poucos.
O estudo ainda destaca que os bilionários e as empresas por eles possuídas têm sido os maiores beneficiários da globalização. A análise levanta um debate sobre a eficácia dos sistemas tributários em garantir uma distribuição justa da riqueza acumulada, visto que a concentração dela em poucas mãos pode agravar as desigualdades sociais e econômicas.
No Brasil, cerca de 50 indivíduos integram o seleto grupo dos bilionários, com mais de US$ 1 bilhão. Já nos Estados Unidos, França, Holanda e Itália, que juntos concentram 35% dos bilionários globais, a riqueza dessas poucas pessoas corresponde a cerca de 40% da riqueza dos bilionários em todo o mundo.
Na América Latina, a estimativa é de que apenas 105 pessoas seriam impactadas por impostos para os bilionários, tendo um patrimônio total de US$ 419 bilhões. Com um imposto de 2%, seria possível gerar uma receita extra de US$ 7 bilhões. Essa medida poderia ser crucial para garantir uma distribuição mais equitativa da riqueza na região.
Portanto, a discussão sobre a influência e a distribuição da riqueza dos bilionários é essencial para entender as dinâmicas sociais e econômicas globais e locais, visando promover um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo para a sociedade como um todo.