Boom do cacau no Equador: pequenos produtores lucram com preços históricos e impulsionam economia do país.

No Equador, a produção de cacau tem se mostrado cada vez mais lucrativa devido à falta de regulação de preços por parte do governo. Este cenário tem permitido que os agricultores locais consigam vendas cada vez mais expressivas, como o caso de Avellán, que conseguiu vender um quintal de cacau por US$ 420, um valor significativamente mais alto do que os praticados antes do boom do produto.

Essa valorização do cacau tem impactado positivamente não apenas os produtores, mas toda a cadeia envolvida na produção. Segundo Iván Ontaneda, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cacau do Equador (Anecacao), os preços atuais são históricos e beneficiam principalmente os pequenos agricultores, que representam 80% da produção de cacau do país em 22 das 24 províncias.

Além disso, o Equador se destaca como o terceiro maior produtor de cacau do mundo, atrás apenas da Costa do Marfim e Gana. No entanto, nos últimos meses, as condições climáticas extremas e as doenças têm afetado as plantações de cacau na África, o que tem contribuído para inclinar a balança financeira a favor do Equador.

Com quase toda a produção destinada à exportação, o cacau equatoriano tem gerado divisas significativas para o país. Em 2023, por exemplo, o cacau foi responsável por um montante de US$ 1,3 bilhão em exportações, destacando a importância econômica do produto para a nação.

Diante dos altos preços internacionais, o Equador já registrou vendas expressivas nos primeiros meses de 2024, totalizando US$ 774 milhões, conforme dados do Banco Central. Com esses números positivos, a perspectiva é de que o setor de cacau continue a impulsionar a economia equatoriana e a proporcionar melhores condições de vida para os agricultores locais.

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