Confiança das empresas da construção se mantém estável em junho, segundo FGV, com leve recuo nos índices de expectativas e situação atual.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) manteve-se estável em junho, alcançando 96,4 pontos, conforme divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. No entanto, em uma análise com médias móveis trimestrais, foi observada uma ligeira queda de 0,1 ponto. Essa estabilidade no indicador foi resultado do comportamento divergente dos seus componentes: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) teve uma variação de 0,2 ponto, atingindo 95,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) registrou uma redução de 0,3 ponto, chegando a 97,5 pontos.

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, as empresas do setor encerraram o primeiro semestre com um pouco mais de confiança em comparação com o final do ano passado. A percepção sobre a situação atual dos negócios apresentou melhorias significativas. No entanto, houve também um aumento na demanda por mão de obra qualificada, o que vem impactando os custos das obras. O ciclo de redução da Selic chegou ao fim, mas é provável que leve um tempo para refletir positivamente na atividade do setor.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) na Construção teve uma variação de 0,2 ponto, alcançando 80,1%. O Nuci de mão de obra cresceu 0,3 ponto, atingindo 81,5%, enquanto o Nuci de Máquinas e equipamentos registrou uma queda de 0,9 ponto, chegando a 74,4%.

Esses dados apontam para um cenário de relativa estabilidade e otimismo dentro do setor da construção, apesar dos desafios em relação à mão de obra e aos custos das obras. A expectativa é que a confiança no segmento continue em uma trajetória positiva, mesmo diante das incertezas econômicas que ainda persistem.

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