Boletim Focus do Banco Central revela alterações nos indicadores para as contas públicas em 2023 e 2024

O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira trouxe algumas mudanças nos indicadores das contas públicas para este ano. De acordo com o relatório, a estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 60,45% para 60,40%. Esse valor é o mesmo registrado há um mês.

Em relação ao déficit primário em relação ao PIB deste ano, a mediana permaneceu em 1,00%, repetindo o valor estimado há quatro semanas. O Ministério da Fazenda afirma que pretende entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023 ou menor. Já a estimativa para o déficit nominal em 2023 diminuiu de 7,45% para 7,40% do PIB, em comparação com o registrado há um mês.

Vale ressaltar que o resultado primário é o saldo entre as receitas e despesas do governo antes do pagamento dos juros da dívida pública. Enquanto o resultado nominal engloba as despesas com juros.

Para o próximo ano, as projeções indicam uma redução na estimativa da dívida líquida em relação ao PIB. Passando de 63,95% para 63,90%. Há quatro semanas, a expectativa era maior, de 63,95%. Em relação aos déficits, o déficit primário esperado para 2024 permaneceu em 0,71% e o déficit nominal se manteve em 6,80% do PIB. Há um mês, esses valores eram de 0,80% e 6,90%, respectivamente.

No final de agosto, o governo apresentou ao Congresso o projeto de lei orçamentária de 2024. A proposta prevê um superávit de R$ 2,8 bilhões no próximo ano, correspondendo a 0% do PIB. No entanto, esse resultado depende da arrecadação adicional de R$ 168 bilhões por meio de medidas extras apresentadas ao Parlamento juntamente com o Orçamento. Essa necessidade de receita adicional tem gerado ceticismo no mercado em relação à viabilidade do resultado proposto pelo governo.

É importante destacar que as projeções apresentadas pelo Boletim Focus são realizadas com base em informações disponíveis até o momento e podem sofrer alterações ao longo do tempo. Por isso, é necessário acompanhar os próximos boletins para uma análise mais precisa da situação das contas públicas.

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