O PL 1904/2024, que inclui no Código Penal o conceito de “viabilidade fetal” e criminaliza o aborto a partir da 22ª semana de gravidez, avançou rapidamente na segunda semana de junho, recebendo aprovação de urgência em Plenário sem passar pelas comissões. Apesar disso, a mobilização de parlamentares femininas e de movimentos sociais resultou na criação de uma comissão representativa para discutir o projeto no segundo semestre, por decisão de Arthur Lira.
Durante o período de discussão, novos apoios foram conquistados. Deputados como Marcos Pollon e Fred Linhares apresentaram requerimentos para serem incluídos como signatários, sendo que Pollon chegou a solicitar a apensação de um projeto próprio de mesmo teor. Por outro lado, a deputada Renilce Nicodemos pediu a retirada de sua assinatura, alegando que o projeto não favorecia mulheres ou crianças, mas sim agressores e estupradores.
Na última terça-feira, 25 novos nomes foram adicionados à lista de apoiadores do projeto por iniciativa do autor, Sóstenes Cavalcante. A maioria dos novos signatários faz parte da bancada evangélica, que busca pressionar pela tramitação do projeto na Câmara.
A lista atualizada de deputados que se juntaram como autores do PL do Aborto inclui nomes como Adilson Barroso, André Fernandes, Cabo Gilberto Silva, Cezinha de Madureira, entre outros. A mobilização em torno desse projeto continua intensa, com diferentes atores políticos e sociais se posicionando a favor ou contra a proposta.