Além de Amorim, outras 11 pessoas foram detidas durante a operação da Polícia Civil paulista. Segundo as investigações, a quadrilha estava envolvida em golpes contra clientes de bancos, operando a partir de um imóvel de luxo localizado em um condomínio em frente à represa de Igaratá, no Vale do Paraíba.
A localização da “central do golpe” foi possível após denúncias de atividades suspeitas no condomínio. A casa utilizada pela quadrilha estava equipada com diversos notebooks, celulares, fones de ouvido com microfones, além de um sistema de Internet por satélite.
Durante a operação, os policiais encontraram 12 pessoas na residência, com sete delas tentando fugir. No entanto, as tentativas de fuga foram frustradas devido à localização da casa em um morro cercado por vegetação. Todos os suspeitos foram detidos, sendo apreendidos também os equipamentos utilizados para a aplicação dos golpes.
O modus operandi da quadrilha envolvia entrar em contato com correntistas de bancos sob pretexto de alertar sobre supostas brechas de segurança. Através de orientações enganosas, os criminosos conseguiram acesso aos aplicativos bancários das vítimas, resultando em prejuízos financeiros significativos.
Uma das vítimas, residente no Rio de Janeiro, relatou um prejuízo de R$ 49 mil devido ao golpe aplicado pela quadrilha. Os suspeitos detidos durante a operação responderão por associação criminosa e furto qualificado, com os que tentaram fugir sendo também enquadrados por desobediência.
O caso do sequestro de Marcelinho Carioca, que ocorreu após um show do cantor Thiaguinho em São Paulo, foi um dos marcos que levou à descoberta e desmantelamento da quadrilha. O ex-jogador foi abordado por um grupo armado, que exigiu seus cartões, senhas, desbloqueio do celular e acesso ao Pix. Após ser resgatado pela polícia, Marcelinho revelou ter sido coagido pelos sequestradores a gravar um vídeo com uma narrativa falsa para despistar as autoridades.
