Uma das principais discussões durante o evento foi a inclusão no Imposto Seletivo de produtos prejudiciais à saúde, como tabaco, álcool e refrigerantes. No entanto, a proposta ainda é considerada limitada, excluindo bebidas igualmente prejudiciais que também deveriam ser taxadas. A importância de ampliar essa proposta para abranger uma variedade maior de produtos ultraprocessados foi destacada, já que esses alimentos estão relacionados a um alto número de mortes prematuras e doenças crônicas no país.
Além disso, a incidência do Imposto Seletivo sobre veículos, aeronaves, embarcações e setores poluentes foi comemorada, mas é necessária a revisão de regimes especiais que representam grandes renúncias fiscais, como o Repetro. A inclusão de agrotóxicos e armas nesse imposto também foi debatida, devido aos impactos negativos desses produtos na saúde pública e no meio ambiente.
Outras questões abordadas incluíram a criação do cashback para famílias vulneráveis e o Fundo de Desenvolvimento Regional, com foco na redução das desigualdades sociais e regionais. A relevância de estabelecer critérios claros para a destinação de recursos foi ressaltada, visando garantir a sustentabilidade ambiental e minimizar os impactos negativos nas regiões mais vulneráveis.
Em suma, a reforma tributária no Brasil representa uma grande oportunidade para alinhar os incentivos econômicos aos princípios da saúde, solidariedade e sustentabilidade. Se implementada de acordo com esses valores, poderá contribuir para a construção de um país mais saudável, solidário e sustentável para as atuais e futuras gerações.