O lecanemab tornou-se o único medicamento de sua classe disponível para pacientes com Alzheimer fora de ensaios clínicos, mostrando a capacidade de retardar a progressão da doença, embora com benefícios modestos e alto risco de efeitos colaterais preocupantes. Em meio a essa nova opção de tratamento, especialistas de renomados centros médicos dos Estados Unidos, como a Clínica Mayo, o Hospital Geral de Massachusetts e a Universidade da Califórnia, São Francisco, discutem os critérios para a prescrição do lecanemab.
Pacientes diagnosticados com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, apresentando placas de amiloide no cérebro identificadas por exames de PET ou punção lombar, são considerados elegíveis para o tratamento. Além disso, testes genéticos para a variante genética APOE4 são realizados devido ao alto risco de efeitos colaterais graves em pacientes com essa variante. Um painel multidisciplinar decide quem se qualifica para receber o medicamento, considerando todos os aspectos clínicos e de segurança.
Apesar dos rigorosos critérios de elegibilidade e dos potenciais riscos associados ao tratamento com lecanemab, muitos pacientes e médicos estão otimistas em relação aos benefícios que a terapia pode proporcionar. Com a promessa de desacelerar a progressão da doença em cerca de 27%, o medicamento oferece a possibilidade de manter os pacientes em estágios iniciais do Alzheimer por mais tempo.
Os pacientes, como Helene e seu marido Joseph, enfrentam desafios no acesso ao tratamento, mas acreditam que a ciência por trás do lecanemab pode oferecer esperança para uma condição tão devastadora como o Alzheimer. O otimismo em relação ao uso desses novos medicamentos reflete a busca por alternativas eficazes no combate a uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.