Após fechamento de aeroporto em Porto Alegre, rotas alternativas contemplam 16% dos voos domésticos; tarifas sofrem aumento significativo.

Após o fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, devido às enchentes que atingiram a região, as rotas aéreas gaúchas foram ajustadas para contornar a situação. De acordo com análises da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), 16% dos voos domésticos que partiam ou chegavam à capital gaúcha entre maio e junho do ano passado foram afetados pela mudança.

Essa alteração na malha aérea resultou na abertura da base militar de Canoas, localizada em um município vizinho a Porto Alegre, e no aumento da quantidade de voos em cinco terminais gaúchos e em três catarinenses. Apesar disso, houve uma redução significativa na capacidade de voos, com um total de 5.274 voos domésticos registrados nos dez terminais do novo circuito emergencial, comparados aos 6.784 registros apenas no Salgado Filho em 2023.

A situação gerou uma demanda maior por passagens aéreas nos aeroportos alternativos, o que ocasionou um aumento nos preços das tarifas. Cidades como Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas tiveram altas expressivas nos valores das passagens, impactando diretamente os passageiros que precisam se deslocar para a região. Além disso, as companhias aéreas também mencionaram fatores como combustível, manutenção, aluguel de aeronaves e tripulação como justificativa para os reajustes.

A Fraport, concessionária do aeroporto Salgado Filho, ainda não definiu uma data para a reabertura parcial ou total do terminal, mas está em diálogo com o governo federal para avaliar a situação da pista e elaborar um cronograma para retomada das operações. A reconstrução do aeroporto exigirá investimentos significativos e ainda há incertezas sobre a capacidade de retorno do terminal ao seu funcionamento pleno.

O fechamento do aeroporto Salgado Filho também expôs a dependência do Rio Grande do Sul de um único terminal aéreo e evidenciou a necessidade de investimentos em infraestrutura e logística na região. A situação revelou as fragilidades do setor de transporte e a necessidade de planejamento estratégico para evitar impactos semelhantes no futuro.

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