Amanda, de 29 anos, trabalha com decoração de festas e decidiu se matricular na academia logo que ela abriu, há menos de três meses. Mesmo sendo evangélica, ela conta que o que mais a atraiu foi a localização da academia, próxima de onde mora. Além disso, a possibilidade de praticar exercícios durante a gestação também foi um fator determinante.
Apesar do nome sugestivo, a Sou Mais Cristo não impõe regras sobre vestimenta ou religião. Segundo Amanda, a liberdade para escolher o que vestir e a atmosfera acolhedora foram decisivos para sua permanência na academia. Elementos como a cruz no teto e os versículos da Bíblia nas paredes fazem parte da identidade do local, assim como a sala de oração, frequentada por Fátima Valéria dos Santos Vieira, missionária da denominação Quadrangular.
Outros frequentadores, como a professora aposentada Evanir Maria Nelma, que não é evangélica, afirmam que o que importa é a atenção recebida durante os treinos, não a religião dos instrutores. O fundador da Sou Mais, Patrick Baptista, ressalta que a academia é aberta a todos, independentemente de crenças religiosas.
Com cerca de 400 alunos matriculados, a Sou Mais Cristo fez um investimento de aproximadamente R$ 2 milhões e planeja expandir para outros estados. A proposta da academia cristã reflete uma tendência de espaços e eventos voltados para o público evangélico que tem crescido no Brasil nas últimas décadas, conforme aponta a professora Karina Kosicki Bellotti, especialista em história das religiões.
Dessa forma, a Sou Mais Cristo se destaca como um espaço inclusivo e acolhedor, onde a prática de exercícios físicos está aliada a valores religiosos, proporcionando uma experiência única aos seus frequentadores.
