O ataque ocorreu a cerca de 40 quilômetros ao norte da fronteira do Líbano e atingiu o veículo em que Ratma estava. Autoridades israelenses afirmaram que o alvo se preparava para realizar um ataque ao país e já tinha participado de atividades semelhantes anteriormente, mas sem fornecer detalhes específicos.
Ratma era considerado um dos principais responsáveis pelas operações do Hamas em território libanês, o que acirrou ainda mais a tensão na região. Nos últimos dias, houve um aumento significativo nos ataques e na retórica agressiva entre o grupo Hezbollah, aliado ao Irã, e Israel.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou preocupação com a escalada de violência na região e alertou que o Líbano não pode se tornar outra Faixa de Gaza. Tel Aviv e o Hezbollah têm trocado ameaças e lançado foguetes em suas respectivas fronteiras desde o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas em Gaza.
Na última sexta-feira, os militares israelenses realizaram uma série de ataques contra posições do grupo xiita no sul do Líbano, atingindo edifícios, postos militares e outras infraestruturas. O Hezbollah respondeu com um grande ataque contra Israel, prometendo intensificar a ofensiva em retaliação à morte de um de seus comandantes em um ataque aéreo israelense.
O Hezbollah, financiado por Teerã, é um grupo xiita influente no cenário político do Líbano, com atuação social no país e uma ala paramilitar poderosa. Diferentemente do Hamas, o Hezbollah não enfrenta o cerco israelense na Faixa de Gaza e possui mais poderio bélico, tendo experiência em conflitos, especialmente devido à sua participação na guerra civil da Síria ao lado das forças de Bashar al-Assad.