O satélite de 930 quilos, equipado com quatro instrumentos (dois chineses e dois franceses), foi lançado às 15h00 de sábado a bordo de um foguete chinês Longa Marcha 2-C da base espacial de Xichang, na província de Sichuan. As explosões de raios gama, que ocorrem após a explosão de estrelas massivas ou a fusão de estrelas compactas, geram uma luminosidade colossal equivalente a mais de um trilhão de sóis.
Observar esses fenômenos cósmicos pode fornecer informações valiosas sobre a evolução do universo. A luz emitida pelas explosões, ao viajar pelo espaço e atravessar diferentes galáxias, carrega informações cruciais sobre a história do universo e a morte de algumas estrelas.
Com a identificação de uma explosão de raios gama, o satélite enviará um alerta e os cientistas poderão ativar uma rede de telescópios em menos de cinco minutos para coletar mais dados. Essa colaboração entre a França e a China é uma oportunidade rara de cooperação entre o país asiático e uma potência ocidental, especialmente após a proibição dos Estados Unidos em 2011 de cooperação da Nasa com Pequim no setor espacial.
Essa parceria exemplifica a sinergia internacional na exploração do universo e no avanço da compreensão sobre os fenômenos cósmicos. Com o lançamento bem-sucedido do satélite Svom, a comunidade científica aguarda ansiosamente os resultados e descobertas que surgirão dessa missão conjunta.