Ronnie Lessa foi transferido da penitenciária federal de Campo Grande para Tremembé sob autorização de Alexandre de Moraes, em uma decisão que foi contrária ao posicionamento inicial da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo. O secretário Marcello Streifinger havia afirmado em abril que a unidade de Tremembé não tinha a estrutura adequada para receber Lessa, indicando outra unidade prisional em Presidente Venceslau como mais apropriada.
O presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo alertou para os riscos que Ronnie Lessa corre na penitenciária de Tremembé, dominada pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Mesmo que fosse colocado em uma área de segurança, Lessa ainda estaria em perigo devido às suas ligações e ao perfil do crime que cometeu.
A associação de Lessa com milícias do Rio de Janeiro e a grande repercussão do assassinato de Marielle Franco aumentam a vulnerabilidade do ex-PM na penitenciária. A preocupação é que a presença de Lessa possa gerar instabilidade na segurança do local, colocando não só a vida do detento em risco, mas também a dos servidores que lá trabalham.
Diante dessa situação delicada, o ministro Alexandre de Moraes solicitou informações à Polícia Federal, à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao governo de São Paulo para analisar a segurança e o bem-estar de Ronnie Lessa na penitenciária de Tremembé. É fundamental que medidas adequadas sejam tomadas para garantir a integridade do detento e a tranquilidade no ambiente prisional.
