A parceria com empresas privadas para a administração de escolas foi apresentada pelos governos de Ratinho Júnior, no Paraná, e Tarcísio de Freitas, em São Paulo. Ambos negam a interferência das empresas na parte pedagógica, mas a responsabilidade dessas empresas se estenderá à contratação de professores substitutos, controle de frequência de alunos e definição de metas para o corpo docente, em escolas específicas.
Henriques alerta que a gestão administrativa tem grande impacto no pedagógico e que experiências internacionais indicam que uma gestão articulada entre ambas as áreas produz bons resultados na educação. O Instituto Unibanco, que promoveu um seminário internacional sobre gestão educacional em São Paulo, atua no apoio de redes de ensino em seis estados brasileiros.
O executivo também criticou a proposta de escolas cívico-militares de Tarcísio, enfatizando que tais iniciativas geram segregação e desigualdade, indo contra a missão da educação pública. Ele defende a importância de uma gestão compartilhada, na qual as responsabilidades administrativas e pedagógicas sejam assumidas por uma equipe gestora dentro da própria rede de ensino.
Os projetos de terceirização das escolas públicas nos estados do Paraná e São Paulo foram vistos com cautela por Henriques, que ressaltou a necessidade de uma gestão pública responsável e comprometida com a qualidade para todos os estudantes. Ele destacou a importância de uma abordagem participativa e integradora, em contraposição à visão militarizada das escolas cívico-militares, que não favorece a criatividade e a participação dos alunos.
Por fim, Ricardo Henriques reforçou a importância de uma gestão escolar articulada entre os aspectos pedagógicos e administrativos, apontando que a missão da educação pública envolve garantir o acesso e a aprendizagem de todos os estudantes, sem gerar segregação ou desigualdade.