Contrastes na Justiça: Brasília sem prisões no Planalto, enquanto periferias sofrem com criminalização de pretos e pobres

Em um país marcado por desigualdades sociais e raciais, a justiça parece seguir caminhos divergentes de acordo com a classe social e a cor da pele dos envolvidos. Enquanto no Planalto central os poderosos se sentem acima da lei e muitas vezes conseguem escapar de punições mesmo diante de provas contundentes de suas irregularidades, nas periferias nacionais a realidade é bem diferente.

É comum ver preto e pobre sendo presos e condenados como traficantes, mesmo quando as evidências apontam para o contrário. Muitas vezes, a quantidade mínima de droga encontrada com essas pessoas seria insuficiente para caracterizá-las como traficantes, mas a justiça parece agir de forma mais severa quando se trata de indivíduos marginalizados pela sociedade.

Essa disparidade no tratamento dado pelo sistema judiciário revela não só a seletividade e a falta de imparcialidade de muitas instituições, mas também evidencia a necessidade urgente de reformas que garantam a igualdade perante a lei para todos os cidadãos, independentemente de sua cor de pele, origem ou classe social.

Enquanto houver essa discrepância no tratamento dado aos diferentes estratos sociais, a justiça continuará sendo questionada e seu papel de garantir a ordem e a equidade na sociedade será posto em xeque. É fundamental que sejam adotadas medidas para combater o racismo estrutural que permeia as instituições e garantir que a lei seja aplicada de forma justa e igualitária para todos os cidadãos, sem distinção de raça ou classe social.

É preciso romper com esses paradigmas que perpetuam a injustiça e o preconceito, e construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos os seus membros. A luta pela equidade e pelos direitos humanos deve ser uma prioridade em um país que se diz democrático e igualitário.

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