Amoroso, que é próximo ao chavismo, excluiu o bloco da observação eleitoral há cerca de um mês, logo após a confirmação de medidas punitivas contra aproximadamente 50 funcionários venezuelanos. Vale ressaltar que uma dessas sanções, especificamente a que envolvia o próprio Amoroso, foi suspensa posteriormente.
“Se não houver o levantamento das sanções e do bloqueio contra o povo da Venezuela, contra os doentes, contra os estudantes, contra as pessoas de certa idade, não há absolutamente nada a conversar. Não podemos nem pensar que essas pessoas venham à Venezuela quando desprezam todos os venezuelanos”, afirmou Amoroso durante uma coletiva de imprensa após um evento oficial.
As tensões entre a Venezuela e a União Europeia têm se intensificado nas últimas semanas, com trocas de acusações e medidas retaliatórias de ambos os lados. Enquanto o governo venezuelano alega que as sanções são injustas e prejudicam a população, a UE defende que as punições são necessárias para pressionar por mudanças democráticas no país sul-americano.
A questão das observações eleitorais internacionais sempre foi sensível na Venezuela, com o governo de Nicolás Maduro sendo frequentemente acusado de manipular os processos eleitorais para se manter no poder. A exclusão da UE desse processo levanta questionamentos sobre a transparência e legitimidade das próximas eleições presidenciais. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos desse cenário delicado e em constante evolução.