Amoroso, conhecido por seu alinhamento ao chavismo, havia excluído a participação do bloco na observação eleitoral há um mês, logo após a confirmação de medidas punitivas contra cerca de 50 funcionários venezuelanos. Embora uma das sanções destinadas a ele próprio tenha sido suspensa, ele deixou claro que o levantamento total das medidas é necessário para que a UE seja convidada novamente.
“Se não houver o levantamento das sanções e do bloqueio contra o povo da Venezuela, contra os doentes, contra os estudantes, contra as pessoas de certa idade, não há absolutamente nada a conversar, nem pensar que possam vir à Venezuela quando desprezam todos os venezuelanos”, afirmou Amoroso a jornalistas durante um evento oficial.
Essa postura do chefe da autoridade eleitoral venezuelana evidencia a tensão entre o governo de Nicolás Maduro e a União Europeia, que têm se desentendido frequentemente devido a discordâncias em relação às políticas e eventos no país sul-americano.
As eleições presidenciais marcadas para julho deste ano prometem ser mais um capítulo dessa disputa política, com a Venezuela buscando garantir a soberania do processo eleitoral enquanto a UE demonstra preocupações com a transparência e a democracia no país. Resta acompanhar como essa situação se desdobrará nas próximas semanas e qual será a postura adotada por ambas as partes.