Em uma decisão unânime, os cinco ministros da Primeira Turma do STF decidiram tornar réus os irmãos Brazão, o delegado Rivaldo Barbosa e dois PMs sob a acusação de planejarem a morte da vereadora Marielle Franco, que também resultou na morte do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
O relatório da Polícia Federal descreve tentativas frustradas de corroborar a colaboração de Lessa com provas independentes, principalmente devido ao tempo decorrido desde o crime e ao envolvimento de policiais capazes de encobrir rastros. O ministro Alexandre de Moraes elaborou tabelas indicando as acusações feitas ao grupo e a localização dos elementos de corroboração nos autos do processo.
Durante o julgamento, Moraes afirmou que os indícios eram suficientes para instaurar a ação penal, mas frisou que caberá ao Ministério Público ampliar a comprovação em relação às acusações para que haja a condenação dos acusados. As defesas dos acusados atacaram a delação de Lessa, citando a falta de corroboração e questionando a veracidade das declarações do ex-PM.
A delação de Lessa, que foi essencial para as acusações, foi alvo de críticas e questionamentos durante o julgamento. As partes envolvidas manifestaram suas posições e a expectativa agora é que o Ministério Público apresente provas sólidas para dar continuidade ao processo. O desfecho desse caso emblemático aguarda os próximos capítulos da investigação e da justiça.