Copom decide nesta quarta-feira se corta ou mantém taxa Selic diante da alta do dólar, inflação e indecisão entre membros.

Nesta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) está reunido para decidir se irá cortar ou manter a taxa básica de juros, a Selic. A incerteza sobre a decisão surge devido à recente valorização do dólar, à alta da inflação e aos juros elevados nos Estados Unidos. A expectativa é se o Copom encerrará o ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado ou se fará mais uma redução de 0,25 ponto percentual.

Nos comunicados da última reunião, em maio, o Copom não revelou qual seria a direção a ser tomada nos encontros seguintes, o que aumentou a expectativa do mercado. Segundo o boletim Focus, a previsão é de que a taxa básica permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, sendo que há um mês essa estimativa era de 10%.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá o desafio de liderar o colegiado em uma decisão decisiva para a economia do país. Nas últimas sete reuniões, o Copom reduziu a taxa Selic, com seis cortes de 0,5 ponto percentual e um de 0,25 ponto, na última reunião em maio.

A preocupação com o avanço da inflação é um dos pontos de destaque deste encontro. O Copom destacou em ata que as expectativas de inflação estão em alta e que a divisão entre os diretores não tem motivações políticas, mas sim questões relacionadas ao comprometimento com as decisões anteriores do colegiado.

Além disso, a análise do cenário econômico nacional e internacional é fundamental para embasar a decisão sobre a Selic. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, a decisão tomada nesta quarta-feira terá impacto direto na economia do país e nas expectativas dos agentes econômicos.

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