Essa não foi a primeira vez que esse tipo de incidente ocorreu este mês. No dia 11 de junho, soldados sul-coreanos dispararam tiros de advertência em outra ocasião similares. As atividades de construção norte-coreanas ao longo da fronteira têm sido observadas e, apesar de terem ocorrido explosões de minas terrestres que mataram ou feriram soldados norte-coreanos, o trabalho continua.
A suspeita é de que a Coreia do Norte esteja expandindo suas atividades de construção na fronteira para dificultar as deserções de civis ou soldados para o Sul. Este movimento pode estar relacionado aos esforços da liderança de Pyongyang em reforçar o controle sobre seu povo. A fronteira entre as duas Coreias, conhecida como Zona Desmilitarizada (DMZ), é altamente fortificada, com cerca de 2 milhões de minas e cercas de arame farpado.
Os recentes incidentes na fronteira entre as Coreias ocorrem em um momento de crescente tensão entre os dois países. Nas últimas semanas, as ações de ambos têm demonstrado que não estão mais comprometidos com o acordo militar histórico de 2018, que visava reduzir as tensões. A DMZ é um legado da Guerra da Coreia de 1950-53, que terminou com um armistício, não com um tratado de paz.
As forças armadas sul-coreanas afirmaram que estão monitorando de perto as atividades dos militares norte-coreanos na área da linha de frente e se protegendo contra possíveis situações acidentais. A fronteira entre as Coreias é uma região altamente sensível e qualquer movimento pode ter consequências graves. A situação na península coreana permanece volátil, com a possibilidade de escalada das tensões entre os dois lados.