A reação da sociedade foi imediata e contundente, mostrando que a opinião pública pode ser um monstro adormecido. Como bem disse o saudoso presidente Juscelino Kubitschek, uma vez que é despertado, é difícil contê-lo. A mistura de religião com política, estimulada por figuras como Jair Bolsonaro e líderes religiosos, tem exacerbado as divergências e polarizações no país.
O projeto do deputado-pastor Sóstenes Cavalcanti foi alvo de duras críticas e manifestações em diversas cidades brasileiras, como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Pesquisas de opinião indicam que a maioria das postagens sobre o tema são contrárias à proposta. Uma enquete realizada pelo portal da Câmara revelou que 88% dos participantes discordam totalmente do projeto.
A discussão sobre o direito ao aborto e suas restrições continua sendo um tema sensível e complexo na sociedade brasileira. A tentativa de impor penalidades às mulheres estupradas, como previsto no projeto em questão, levanta questionamentos éticos e jurídicos importantes. A pressão da opinião pública e a mobilização de grupos da sociedade civil mostram que a questão está longe de ser pacificada e que o debate deve ser ampliado e aprofundado.