A lei de restauração da natureza é uma das maiores políticas ambientais da União Europeia e exige que os Estados-membros implementem medidas de restauração em um quinto de suas terras e mares até 2030. Os ministros do Meio Ambiente dos países do bloco se reuniram em Luxemburgo e apoiaram unanimemente a política, abrindo caminho para sua transformação em lei.
A ministra do Meio Ambiente da Áustria, Leonore Gewessler, dos Verdes, desafiou seus parceiros de coalizão conservadores, comprometendo-se a apoiar a política e garantindo o necessário apoio para sua aprovação. Essa atitude demonstra a importância e a urgência em adotar medidas concretas para reverter o declínio dos habitats naturais na Europa.
A política inclui metas específicas, como a restauração das terras de turfa para que possam absorver as emissões de CO2. Apesar disso, o Partido Popular, conservador, do chanceler Karl Nehammer, opõe-se à lei e alega que o voto favorável de Gewessler seria inconstitucional.
A Bélgica, que atualmente detém a presidência rotativa da União Europeia, assegurou que a disputa entre o governo austríaco não afetaria a legalidade da votação dos ministros do bloco. Alguns países, como Finlândia, Hungria, Itália, Holanda, Polônia e Suécia, votaram contra a lei, enquanto a Bélgica se absteve.
Essa importante decisão foi precedida por meses de debates e negociações entre os países da UE e o Parlamento Europeu. Apesar dos desafios enfrentados, a aprovação da política de restauração da natureza representa um passo significativo na busca por um mundo mais sustentável e consciente do meio ambiente.