Além disso, a presença de Eliane Guerra, primeira psiquiatra a prescrever Cannabis no Brasil, trouxe um olhar profissional sobre a questão. Guerra defendeu a regulamentação do uso da planta, a partir de prescrição médica, como forma de afastar crianças e jovens do tráfico de drogas. A psiquiatra afirmou que todos os pacientes poderiam ter acesso à Cannabis a partir de uma prescrição, o que poderia beneficiar a saúde de muitas pessoas.
Durante o evento, também foi abordado o tema do encarceramento em massa e a violência policial contra as comunidades mais pobres. O movimento ressaltou que a proibição da maconha serve como pretexto para a perseguição da população negra que vive nas periferias das grandes cidades. A marcha representou, assim, não apenas a luta pela legalização da maconha, mas também um protesto contra políticas que promovem a exclusão e a violência.
A presença de diversos grupos e personalidades influentes no debate sobre a legalização da maconha reforça a importância do tema na agenda política atual. A diversidade de vozes presentes na Marcha da Maconha em São Paulo demonstra a pluralidade de argumentos e a urgência de se discutir de forma ampla e democrática a regulamentação das drogas no país.