Com a ausência de 70 dos 160 países convidados, a conferência já demonstrava falta de adesão. O Brasil, por exemplo, participou apenas como observador, enquanto países como Índia, Arábia Saudita, México, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Tailândia, Colômbia, e outros do Sul Global, rejeitaram o texto final do comunicado.
A Índia foi um dos países que acabou participando na última hora, convencida pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. A China, outro ator essencial, não participou da reunião por se recusar a excluir a Rússia, sua aliada.
Ao final, o comunicado reuniu principalmente países que apoiam a Ucrânia contra a invasão promovida por Vladimir Putin em 2022. O documento reconhece a Rússia como agressora, defende a integridade territorial da Ucrânia e lista três prioridades para o diálogo futuro.
Apesar do esforço para o diálogo e a busca por soluções, o descontentamento foi evidente entre os participantes. O presidente Zelenski expressou sua frustração com a economia de seu comentário ao fim do evento, ressaltando que é preciso avançar rapidamente para restaurar a Carta da ONU.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyden, também expressou insatisfação com a postura de Putin, que condicionou o fim do conflito a exigências consideradas inaceitáveis.
Diante do impasse diplomático, a guerra na Ucrânia continua, com relatos de avanços das Forças Armadas russas em diferentes regiões do país. A incerteza sobre o futuro do processo de paz envolvendo a Rússia permanece, com diferentes países defendendo abordagens distintas para lidar com a situação.