Por outro lado, as famílias com renda mais alta, acima de R$ 21.059,92, registraram um aumento nos preços de 1,9% no mesmo período. Já as famílias de renda baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99) e média baixa (de R$ 3.158,99 a R$ 5.264,99) experimentaram uma inflação maior do que a média, com 2,50% e 2,35%, respectivamente.
Os lares de renda média, com valores entre R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96, sentiram um impacto ligeiramente menor, com um aumento de preços de 2,25%, abaixo da inflação oficial. Segundo a pesquisadora Maria Andreia Parente Lameiras, responsável pelo estudo, a maior pressão inflacionária em 2024 é resultado, principalmente, dos efeitos climáticos sobre os alimentos no domicílio, já que a alimentação representa uma parcela significativa do orçamento das famílias mais pobres.
No acumulado dos últimos 12 meses, as famílias de renda média (4,03%), média alta (4,27%) e alta (4,84%) foram as mais impactadas pela inflação em comparação com a média de todas as faixas de renda, que ficou em 3,93%. Enquanto isso, os lares de renda muito baixa (3,20%), baixa (3,42%) e média baixa (3,66%) experienciaram uma inflação mais suave em relação à média. Esses dados evidenciam as disparidades na forma como a inflação afeta as diversas camadas da população, refletindo a desigualdade econômica existente no país.