Descobertas arqueológicas revelam antigo assentamento medieval preservado em lodaçais na Frísia, desafiando teorias sobre sua população.

Arqueólogos têm encontrado no lamaçal uma verdadeira cápsula do tempo, preservando vestígios da paisagem cultural medieval de forma surpreendente. Segundo Bente Sven Majchczack, da Universidade Christian Albrechts de Kiel, essa mistura de areia e lodo mostra um panorama congelado daquele período histórico.

Diferentemente das paisagens culturais do continente, que se transformaram ao longo dos séculos, nos lodaçais é como se pudéssemos observar uma fotografia congelada do passado, como destaca Majchczack. Os pesquisadores estão explorando mais de dez quilômetros quadrados dessas áreas e já encontraram dezenas de habitações medievais elevadas, conhecidas como Warften, além de sistemas de drenagem, diques e um porto.

Mas qual era o tamanho exato desse assentamento medieval? Após a devastadora tempestade de 1362, o cronista Anton Heimreich relatou a ruptura de 21 diques e 100 mil mortos na costa norte da Frísia. No entanto, Majchczack acredita que esse número seja um exagero e que o local provavelmente abrigava cerca de mil pessoas, em vez de se assemelhar a uma cidade medieval com 2 mil habitantes.

Para o arqueólogo, trata-se mais de colinas residenciais em meio a uma paisagem pantanosa do que de uma grande cidade medieval. Os achados recentes nos lodaçais têm enriquecido o conhecimento sobre esse período da história e aberto novas possibilidades de estudo e pesquisa arqueológica.

A descoberta desses vestígios tem despertado o interesse de especialistas e curiosos, que agora aguardam por novas revelações que possam ampliar ainda mais a compreensão da cultura medieval e de como as comunidades se organizavam naquela época.

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