Operação Fundo no Poço: Presidente do Solidariedade, investigado por desvio milionário, é procurado pela Polícia Federal em Brasília.

O presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, está no centro de uma série de suspeitas levantadas pela Operação Fundo no Poço. As investigações da Polícia Federal apontam para desvios de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral em benefício pessoal e de seus familiares e aliados.

Eurípedes é acusado de gerir o partido como um bem particular, enriquecendo ilicitamente através do desvio e apropriação de recursos públicos destinados à atividade político-partidária. As suspeitas vão desde o desvio de verbas do fundo partidário para custear viagens de sua família até a destinação de montantes do fundo eleitoral para candidaturas consideradas “laranjas”, resultando em um prejuízo estimado de R$ 36 milhões.

Além disso, há indícios de envolvimento no sumiço de um helicóptero avaliado em R$ 3,5 milhões do PROS, bem como no ‘desmonte’ da sede e do parque gráfico do partido. A Justiça decretou a prisão preventiva de Eurípedes, considerando a gravidade dos crimes atribuídos a ele pela PF.

O juiz responsável pelo caso destacou a necessidade da prisão para garantir a ordem pública e econômica, especialmente diante da proximidade das eleições municipais. A suspeita é de que Eurípedes, mesmo afastado do comando do PROS, tenha tentado esvaziar as contas da agremiação, transferindo valores para a Fundação da Ordem Social, ligada ao partido.

A PF também levantou suspeitas de lavagem de dinheiro através da contratação de serviços advocatícios, com o PROS pagando milhões em honorários de escritórios de advocacia. A investigação aponta para uma organização criminosa estruturada para desviar e se apropriar de recursos públicos de forma sistemática.

Até o momento, o Solidariedade e Eurípedes não se manifestaram sobre as acusações. O espaço permanece aberto para que apresentem suas versões sobre as investigações que envolvem o presidente do partido. O cerco está se fechando sobre Eurípedes, que é considerado o chefe de uma organização criminosa voltada para o desvio de recursos partidários e eleitorais.

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