As condições climáticas adversas foram apontadas como um dos principais desafios para a cultura do arroz. O excesso de chuvas nos primeiros meses de plantio e a nebulosidade prolongada afetaram a produtividade, levando a uma queda de 4,3% nesse aspecto. Apesar disso, houve um aumento de 7,1% na área colhida, impulsionado pelos recentes aumentos nos preços do cereal.
A preocupação agora reside nas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril. O relatório do IBGE indica que a estimativa de produção está sofrendo um declínio de 1,6%, com reduções de 0,9% na área colhida e 0,7% no rendimento médio. O gerente da pesquisa do instituto alerta que mais perdas ainda podem ser calculadas devido a obstruções nas estradas que dificultaram o levantamento em algumas áreas afetadas.
Apesar das preocupações com a qualidade do grão em áreas não colhidas devido ao clima adverso, não se espera uma escassez de arroz nos próximos meses devido à entrada da nova safra. A perda de qualidade é apontada como um desafio a ser enfrentado, mas ainda não é possível estimar com precisão os impactos.
Em suma, o cenário para a produção de arroz no Rio Grande do Sul em 2024 é desafiador, com a expectativa de superar obstáculos climáticos e manter a oferta do cereal no mercado nacional. O setor agrícola gaúcho continua sendo peça fundamental na produção nacional de arroz, mas enfrenta desafios constantes para garantir a qualidade e quantidade necessárias para suprir a demanda interna e externa.