Comissão de Constituição e Justiça discute critérios para decretação de prisão preventiva e corre risco de eliminação das audiências de custódia.

Na última quinta-feira (13), a Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal se reuniu para debater a implementação de critérios objetivos que irão auxiliar os juízes na decisão sobre a decretação de prisão preventiva. Dois projetos de lei, o PL 226/2024 e o PL 10/2024, estão em análise e buscam estabelecer essas diretrizes de forma mais clara e precisa.

Uma das propostas em discussão é voltada para a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva e já foi aprovada na Comissão de Segurança Pública. O senador Sergio Moro, representante do União-PR, enfatizou a importância do aprimoramento desses critérios, alertando para o risco de as audiências de custódia serem eliminadas caso as medidas não sejam efetivas.

Durante a reunião, diversos senadores expressaram suas opiniões, debatendo sobre a necessidade de garantir a segurança jurídica e os direitos dos cidadãos no contexto das prisões preventivas. Alguns parlamentares destacaram a importância de se estabelecer um equilíbrio entre a proteção da sociedade e a preservação dos direitos individuais dos acusados.

A discussão em torno dos critérios para a decretação de prisão preventiva no Brasil é essencial para garantir a transparência e a eficácia do sistema judiciário. A definição de parâmetros claros e objetivos contribui para evitar possíveis abusos de poder e garantir que as prisões sejam fundamentadas em bases sólidas e legais.

Diante desse cenário, o debate no Senado se mostra fundamental para o aprimoramento das leis relacionadas à prisão preventiva, visando sempre a proteção dos direitos individuais e o cumprimento da justiça de forma justa e equitativa. A expectativa é que novas propostas sejam discutidas e aprimoradas, garantindo um sistema de justiça mais eficiente e transparente para todos os cidadãos.

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