Na iminência da cúpula do G7, é perceptível que ao menos três dos sete líderes enfrentarão dificuldades em manter suas posições. Macron sofreu uma derrota expressiva, Scholz viu seu partido ter resultados negativos históricos e Biden luta para provar sua capacidade de liderança. Além disso, Ursula von der Leyen busca apoio para se manter à frente da Comissão Europeia e o Reino Unido passa por novas eleições devido a convocações antecipadas.
A exceção é a anfitriã italiana, Giorgia Meloni, cujo partido de extrema direita emerge como uma força na política europeia. Em entrevista ao UOL, o assessor especial da presidência, Celso Amorim, mencionou que Lula levará um discurso sobre a importância da proteção das democracias, ressaltando a gravidade do cenário atual, que ele considera como o mais preocupante desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Lula também manifestou apoio ao líder trabalhista britânico, Keir Starmer, que está concorrendo às eleições no Reino Unido. O ex-presidente brasileiro afirmou conhecer Starmer e torcer por sua vitória nas urnas. Em meio a um cenário político conturbado e cheio de incertezas, as reuniões do G7 ganham ainda mais relevância e expectativa quanto às discussões que serão travadas entre os líderes mundiais.